Chapas/Carr. - Generalidades
Introdução
Como suporte ao plano
de formação programado para o novo modelo 156, a Alfa Romeo
realizou esta coleta de informações técnicas.
Os assuntos são desenvolvidos
documentando sobretudo as inovações técnicas, úteis
para suportar os vários testes pela nova legislação, privilegiando os aspectos
descritivos e didáticos,
limitando-se a fornecer noções, regras e precauções mínimas.
Para as informações
de técnica reparativa e para os dados técnicos característicos do
veículo, ver o quanto descrito nas seções específicas do Manual de Reparações.
Aerodinâmica
No estilo do novo
veículo, caracterizado por linhas leves que propõem dentro de padrões
modernos, temas estilísticos do passado, existe toda uma tradição esportiva
Alfa Romeo . Portanto, consolidam-se os objetivos de qualidade, conforto,
funcionalidade e robustez
já atingidos pelos modelos anteriores. A
dianteira, as laterais com os vidros alinhados e com harmonia, a parte traseira
e a parte de baixo
da carroceria foram estudados com particular atenção sob o perfil
aerodinâmico que, juntamente ao alinhamento típico da marca, permite ter
um ótimo coeficiente
aerodinâmico (CX = 0,315) e coeficiente aerodinâmico por área
(CX x S = 0,639). Estes valores são resultados das medições efetuadas no túnel
de vento da Fiat.
Chapas/Carr. - Segurança - Gener.
Generalidades
O objetivo principal
dos fabricantes de veículos é em absoluto a segurança total do motorista
e dos passageiros.
As normas de mercado,
tanto europeu como internacional, tornaram-se muito exigentes
em relação à segurança e, para corresponder a esta exigência, o novo veículo
Alfa Romeo foi projetado de modo a satisfazer de maneira ideal a qualquer
situação.
Segurança Preventiva
Verifica todos os
fatores que determinam o conforto e permitem prevenir situações que
possam desviar a tenção do motorista :
- alta rigidez da carroceria
- suspensões do motor otimizadas
- climatização equilibrada
em todo o habitáculo com filtro antipólen e difusores
que permitem uma ótima mudança de ar e melhor transpiração e conforto
térmico
- comandos com luzes espia iluminadas, para leitura imediata
- acréscimo da terceira luz de parada, antecipando-se à nova legislação
Segurança Ativa
Verifica todas as
soluções que contribuem ativamente para a segurança do motorista
:
- instalação frenante
com dois circuitos independentes cruzados com ABS, de série
para todos os modelos, equipado com distribuição eletrônica da força frenante
(EDB) com
sensores ativos que reduzem o tempo de atuação.
- suspensões dianteiras
com "quadrilátero alto", semelhantes às utilizadas nas
competições, garantem um grande controle do veículo com estilo de direção
esportivo ou normal.
As vantagens destas suspensões são : grande precisão de
direção e controlabilidade do veículo mesmo em estrada molhada e sobre pisos
de baixa aderência,
com resposta imediata e precisa, capacidade de absorção
de obstáculos e asperezas presentes nas estradas.
- suspensões traseiras
tipo Mc Pherson com nova geometria com efeito auto
alinhador que permitem estabilizar o veículo durante a esterçada facilitando
o controle, mesmo
em manobras extremas, e otimizando as reações à direção.
- direção hidráulica
estudada para permitir precisão e imediatismo de resposta em
qualquer situação
Segurança Passiva
A estrutura do Alfa
Romeo 156 foi projetada para deformar-se de modo controlado em
caso de colisões dianteiras, laterais, traseiras, e absorver a energia
desenvolvida durante
a colisão sem comprometer os espaços vitais do habitáculo.
Principais Desempenhos do Sistema de Segurança Passiva
O veículo, tanto na
versão básica com Air Bag do lado do motorista, de série para todas
as versões, como na versão com Air Bag do lado do motorista e passageiro,
foi testado com sucesso
conforme as seguintes modalidades :
- colisões dianteiras,
teste (AMUS/DAC e ECE R94) e a alta velocidade (USA 208),
estrutura dianteira , deformação controlada e célula do habitáculo enrijecida
com reforços
nos pontos chave asseguram um ótimo comportamento
- colisões laterais
dinâmicas, estrutura da lateral, da coluna central e dos painéis
das portas reforçados asseguram a conformidade à futura norma (ECE R95)
- Roll-Over, norma
(USA 216), a estrutura do teto e das colunas com elevada
resistência garante o espaço vital
- proteção da carga
transportada no porta-malas : assegurada pela proteção atrás
do encosto e das relativas fixações à carroceria
- resistência contra
colisões traseiras (ECE 32/34 - ECE 17/04), assegurada pela
estrutura reforçada e pelas novas longarinas traseiras
- colisões em baixas
velocidades (4 - 15 km/h), particulares soluções de projeto
permitiram minimizar os danos
- pára-choque dianteiro
e traseiro que suportam a prova prevista pela norma
(ECE 42) sem danos.
Segurança
contra Incêndios
Obtida com o sistema FPS (Fire Prevention System) constituído de :
- partes internas
não combustíveis que limitam a velocidade de propagação da
chama (std USA 302)
- interruptor inercial para desligamento da bomba de combustível
- válvula anti defluxo
e reparos antimisfiring (excessivo aquecimento do
catalisador )
- sistema de proteção dos cabos percorridos por alta intensidade de corrente
- nenhum vazamento
de combustível e não deslocamento da bateria em caso de
capotamento (norma ECE 34)
- reservatório de
combustível de material plástico de alta resistência mecânica e ao
fogo, colocado diante do eixo traseiro e fixado firmemente à carroceria através
de três correias
- tubos de aço na zona contra chamas
Chapas/Carr. - Seg. - Rigidez Flexional e Torcional
(Figuras das próximas Telas)
A elevada rigidez
flexional e torcional da carroceria do Alfa !56, além de conferir ao
veículo alto padrão de resistência passiva, transmite uma sensação de solidez
e de conforto,
mantendo corretos os ângulos das suspensões e oferecendo um absoluto
rigor de direção. Se submetermos a carroceria, com o pára-brisa e o vidro
traseiro sem partes
móveis, a uma força de torção (A) igual a 1780 Kgm, a mesma se
inclina somente de um grau.
São valores de rigidez elevados que se traduzem em muitas vantagens :
- menores vibrações
- menor rumorosidade
- melhor dirigibilidade
- maior resistência
aos rompimentos provocados por uso do veículo em estradas
irregulares
- sensação de veículo mais compacto
- maior manutenção ao longo do tempo, das qualidades globais do veículo.
Chapas/Carr. - Seg. - Resistência a Colisões Diant.
NOTA: Em
caso de intervenções na carroceria e reforços estruturais, se deformados,
devem ser sempre substituídos.
A carroceria com rigidez
diferenciada adota reforços de robustecimento da célula de
sobrevivência e para a resistência aos severos testes de colisão frontal (AMUS,
USA 208)-
(ADAC) e a futura norma européia (NO 1/10/98 ECE R 90). As
principais intervenções na carroceria para cumprir estas normas são os reforços
sob o piso, na longarina,
na ponteira, nas colunas, no suporte da alavanca do
câmbio e no anel das
portas, adoção de ganchos de segurança do capô e de uma travessa
no painel de alta resistência feito de liga de magnésio.
Chapas/Carr. - Seg. - Resist. a Colisões Laterais
Em caso de colisões
laterais e capotamento, foi prevista uma deformação controlada
da carroceria de modo a não comprometer a célula de sobrevivência, preservando
os ocupantes. Isto
foi obtido reforçando as colunas centrais em mais partes, ao longo de todo o
desenvolvimento, nos
pontos de fixação dos cintos de segurança, nas zonas dos batentes
das fechaduras, adotando uma travessa de união sob o banco com deformação
controlada entre o piso central e estrutura dianteira para otimizar as
distribuição das forças
e um reforço multi espessura de ligação entre as colunas centrais
das laterais sob o piso de alta resistência. Um
outro importante auxílio à resistência às colisões laterais foi dado pelas portas
que serão faladas
no parágrafo seguinte.
Chapas/Carr.
- Seg. - Estrutura do Teto
A particular estrutura
do teto, além de desenhar o perfil do veículo, confere maior rigidez
ao conjunto, contribuindo para a segurança dos passageiros tanto em caso
de capotamento como
em colisão lateral. Na
estrutura, ilustrada na figura seguinte, o reforço de união das colunas centrais
das laterais
é fixado mediante parafusos. Além
disto, para aumentar a solidez da estrutura, ao longo das bordas dos reforços
em contato com o teto,
foi aplicado adesivo estrutural que, além de colar as partes com
uma boa resistência mecânica, desenvolve uma função de sigilante e impede
infiltrações entre
as caixas e o teto, evitando possíveis formações de ferrugem.
(Figuras próximas telas)
Ref. Denominação
1 Teto
2 Reforço dianteiro
3 Reforço de ligação das colunas laterais
4 Reforço traseiro
Chapas/Carr. - Seg. - Resistência a Colisões Tras.
A resistência s colisões
traseiras supera as provas previstas pelas normas (ECE
32/34, ECE 17/04) e é garantida por longarinas e travessas, pelo revestimento
traseiro em caixa,
pela travessa sob o vidro traseiro e pelo apoio sob o bagagito, pela
proteção atrás do encosto, que desenvolve também uma função de proteção
ao movimento da carga
transportada no porta-malas durante a colisão, e pelo piso traseiro
no qual existe uma travessa contra afundamento que contribui para segurar
os ocupantes do banco traseiro.
Uma outra zona reforçada
é o anel das portas que permite a abertura das mesmas como
previsto pelas normas ECE 32.
Chapas/Carr. - Seg. - Habitáculo e Bancos
Dentro do habitáculo,
para preservação da integridade dos ocupantes em caso de colisões
internas, foi adotado um painel desenhado com perfis arredondados e fabricados
em material plástico espumado com deformação controlada, cuidando particularmente
da zona sob a coluna da direção para minimizar as possíveis lesões
às pernas do motorista. Além disto, para proteger a parte superior do corpo,
além do Air Bag de
série para o motorista, foi adotado um volante de magnésio de alta
absorção de energia.
O acabamento é completado
por revestimentos de material de alta absorção de energia
caracterizados por perfis e superfícies arredondadas. Foram adotados bancos
extremamente confortáveis graças a espumas com densidades diferenciadas
para garantir um suporte ideal às várias partes do corpo. Para o banco
do lado do motorista a combinação da regulagem em altura com a regulagem
em altura e axial (em profundidade) do volante, de série em todas as versões,
permite otimizar o lugar da direção para todos os motoristas.
Chapas/Carr. - Seg. - Bancos Dianteiros
Para contribuir para
a segurança do motorista e do passageiro do banco dianteiro, foram
adotadas as seguintes soluções :
- cintos de segurança
: reguláveis em altura e dupla fixação no banco com
pretensionador com controle eletrônico e enrolador de alta eficiência,
conformação que mantém
a posição correta do cinto em qualquer ponto de
regulagem que se encontre o banco, no qual a fixação do cinto do lado externo
é deslocada pela
coluna central no banco (det. A) e a fixação do cinto no banco
do lado do túnel (det. B) foi encurtada para reduzir a possibilidade de
alongamento do cinto.
Esta solução, além de um efeito benéfico para a colocação
do cinto, melhora a retenção do ocupante em relação aos sistemas tradicionais
com fixação
dos cintos no piso, e permite obter uma considerável redução
(até 30%) da aceleração na bacia e manter o corpo na posição correta,
contribuindo para
o efeito contra o deslizamento.
- estruturas em liga
de magnésio, com os encostos reforçados e fundo dos assentos
com perfil contra deslizamento (efeito antisubmarining), de alta segurança e alto
poder de absorção
de energia.
- regulagem micrométrica
do encosto com ação bilateral que permite melhor
posicionamento do encosto e elimina a possibilidade de "cair para trás" em caso
de regulagem durante
a marcha.
- regulagem em altura
até + 40 mm em relação à posição padrão atuável através
de uma alavanca com reduzidas cargas e de fácil utilização nas guias de
deslizamento longitudinal
inclinadas de modo a fazer corresponder ao
avançamento do banco o levantamento do mesmo. Os
encostos também estão predispostos para um cedimento estrutural controlado,
em caso de colisão
traseira superior a 35 Km /h, que permite que a estrutura se incline
para trás absorvendo parte da energia sem causar lesões aos passageiros
traseiros.
BANCOS TRASEIROS
Os bancos traseiros
possuem um reforço atrás do encosto que protege os passageiros
contra o movimento das cargas presentes no porta-malas às quais se somam
fixações à carroceria particularmente cuidados para garantir a melhor segurança
dos passageiros em caso de colisão. A função contra deslizamento dos ocupantes
é garantida por uma travessa soldada acima do piso.
Ref. Denominação
1 Revestimento sob a coluna da direção
2 Fundo do assento contra deslizamento
3 Estrutura do encosto dianteiro com deformação controlada
4 Proteção atrás do encosto do banco
5 Travessa traseira contra deslizamento
Chapas/Carr. - Seg. - Vidros e Pára-Brisa
Vidros
Uma outra contribuição
para a segurança é dada pelos vidros fixos. O pára-brisa e o
vidro traseiro são colados à carroceria, contribuindo deste modo para aumentar
a rigidez
estrutural do veículo.
Pára-Brisa
Para elevar o nível
de segurança do veículo, o pára-brisa adotado é fabricado em camadas.
Esta solução evita que o vidro se fragmente se golpeado por pedras ou
outro objeto, garantindo
sempre a visibilidade e oferecendo um alto nível de proteção
em caso de impacto contra a cabeça. O
pára-brisa colado na linha da carroceria contribui também para a redução da
rumorosidade devida
ao avançamento do veículo no ar (assobio).
Chapas/Carr. - Proteções Carroc - Generalidades
A carroceria do Alfa
156, em conformidade com a legislação nacional, foi projetada para
resistir muitos anos a qualquer agressão ambiental com relação a suas partes
internas, não visíveis
mas potencialmente sujeitas a corrosão, como as externas, sujeitas
sobretudo a danos que podem comprometer a estética do veículo. Este
resultado foi obtido estudando a estrutura de suas chapas internas para
minimizar a exposição
às infiltrações corrosivas, fazendo amplo uso das chapas zincadas
e utilizando, para todas as superfícies de chapa internas e externas,
vários tratamentos
de proteção.
Chapas Zincadas
A zincagem das chapas pode ser realizada por dois processos tecnológicos :
- deposição por processo
galvânico; a chapa é imersa ou passa (conforme se trate
de zincagem nas duas faces ou em somente uma) por uma solução de sais de
zinco que se deposita,
por efeito eletrolítico, uma camada de zinco puro com alto
nível de acabamento superficial;
- deposição a fogo;
o zinco fundido se deposita, na chapa por efeito térmico; por
este processo, que é utilizado principalmente para os elementos estruturais do
veículo, pode-se
atingir espessuras de zinco de até 20 microns, a ser utilizado nas
partes mais expostas à corrosão, contra os 8 microns normalmente usados para
o resto das chapas
zincadas. A
camada de zinco fornece uma proteção quimicamente ativa do aço, chamada
"sacrificial" que,
combinada com aquela dos seguintes sistemas de proteção, garante
uma excelente performance contra a corrosão ao longo do tempo. No
Alfa 156, 70% do peso da carroceria é feito de chapa zincada. Destes 70%, 75%
são de chapas
zincadas nas duas faces. Todas
as partes estruturalmente importantes, como por exemplo as fixações das
suspensões e os reforços
dos cintos de segurança, são feitos com estes materiais. Para
as partes externas, sujeitas a corrosão cosmética, a zincagem das superfícies
visíveis nas
partes móveis abertas é de 100%.
Em seguida ao tratamento
de zincagem, a carroceria é submetida à bonderização, tratamento
que retira das chapas as graxas e eventuais oxidações superficiais, e
à pintura por cataforese,
tratamento que é fundamental para a proteção das partes
estruturais porque faz com que a tinta se deposite em zonas da carroceria
que não seriam acessíveis
de outro modo. Todas as junções entre as chapas da carroceria
são sigiladas para evitar a infiltração dos agentes corrosivos.
Aplicação de Sigilantes
As
figuras seguintes ilustram os pontos da carroceria mais importantes onde são
aplicados os sigilantes.
Os diversos tipos de linha indicam os diferentes tipos de sigilante aplicado.
Ref. Denominação
A Sigilante para partes internas endurecedor a quente
B Sigilante para partes externas endurecedor a quente
C Massa enchedora de alta consistência
D Sigilante do tipo M 8740
Aplicação de Protetor Anti-abrasivo Na Carroceria
Aos sigilantes segue
imediatamente a aplicação de protetor anti-abrasivo, que é aplicado
em todas as superfícies expostas a pedras na estrada. Este protetor, com
elevadas características
de elasticidade e adesividade à superfície de aplicação, fornece
uma notável contribuição ao amortecimento acústico. Ambos
os materiais, sigilantes e anti-abrasivos, são depois submetidos a reticulação
no forno.
Proteção com Óleo Ceroso
Após a aplicação do
revestimento anti-abrasivo e do ciclo de pintura, completam-se os
tratamentos contra a corrosão com a aplicação nas partes com caixas, de óleo
ceroso. As
superfícies internas das caixas evidenciadas na figura seguinte, são submetidas
ao tratamento com óleo ceroso pulverizado por alta pressão.
NOTAS:
- Na ocasião de intervenções
de assistência que acarretem a substituição de partes
com caixas, restabelecer o tratamento com óleo ceroso.
- Em caso de substituição
de partes mecânicas fixadas na parte inferior da
carroceria, nas zonas evidenciadas na figura seguinte, restabelecer o tratamento
com óleo
ceroso.
Pintura
A gama de cores do
Alfa 156 é composta de 5 cores pastel, 6 cores metalizadas e 1
cor perolada chamada "Azul Nuvem".
A cor perolada um
ponto de referência para o novo estilo, e foi obtida após um longo
acerto pelos laboratórios e pelos estilistas Alfa Romeo.
A denominação "Nuvem"
foi dada para marcar a transparência e a leveza dos tons.
Para este modelo, foi apresentado um tom "Azul Nuvem" que tem uma coloração
azulada com nuança amarela. O efeito é obtido, além da composição das
tintas, mediante um processo especial que prevê :
- a aplicação de um
sub-esmalte branco (para as tintas metalizadas não é aplicado)
que constitui a cor de fundo influente na nuança final;
- pulverização manual,
com diversas mãos cruzadas da tinta perolada: operação
realizada com a carroceria parada, que requer o máximo cuidado de execução
para obter uma perfeita
uniformidade;
- aplicação da camada transparente.
O efeito perolado
é devido ao fenômeno físico chamado refração; quando a luz atravessa
a sutil película de óxidos de metal transparente e a camada de pigmentos
com efeito perolado, constituído de chapas de mica natural cozida, em
parte são refletidas
partículas metálicas como por um espelho e em parte prossegue
atravessando o esmalte. Cria-se assim uma decomposição da luz nas
cores componentes
as quais são refratadas com um efeito muito similar ao arco íris
que nas cores nuvem são legíveis ao olho humano como cores mutantes conforme
a posição do observador e das linhas do veículo.
O tipo de cor do veículo
e suas características são indicados
na plaqueta identificativa que apresenta os
seguintes dados :
- fornecedor dos produtos de pintura
- cor e tipo do esmalte
- código
- tipo do produto
a ser utilizado para retoques e
pintura em caso de intervenções assistenciais
Fig. Próxima tela
A tabela, presente
no capítulo Descrições e especificações
do produto, apresenta a denominação, tipo
e cor das tintas adotadas para este veículo.
Chapas/Carr. - Insonorização
A adequação às normas
CEE impôs ao projeto Alfa 156 atingir uma rumorosidade externa
inferior a 74 decibéis, e dentro do habitáculo, a uma velocidade média de
100 Km/h em quinta
marcha, igual a 68 decibéis. A
melhoria do conforto de marcha, entendido como silenciosidade e habitabilidade
dentro do habitáculo,
foi atingido operando principalmente no isolamento das rumorosidades
transmitidas pelo piso da estrada, na mecânica, na montagem das partes
e na aerodinâmica.
Todas as motorizações
adotadas pelo Alfa Romeo 156 pertencem a uma nova geração
com conteúdos tecnológicos adequados para melhorar também o aspecto acústico/
vibracional
O mesmo conceito vale
para os órgãos de transmissão do movimento, para as suspensões
e relativas fixações à carroceria.
A baixa rumorosidade
aerodinâmica é preservada pela boa forma do veículo, além de
todos os componentes com seus inevitáveis perfis que penalizam o conforto
acústico como maçanetas
das portas, espelhos retrovisores externos, pára-choques, perfis
vários.
As intervenções mais
eficazes adotadas para obter um ótimo nível de insonorização são
:
- colocação de blocos
sintéticos preformados (em URL) nas caixas das longarinas,
para prevenir a transmissão de vibrações dentro do habitáculo.
- nas ponteiras, nas
colunas do pára-brisa e nas colunas do vidro traseiro, foram
introduzidos tampões de material termo-expansível que nos processos de catafores
e da carroceria,
aumentam o seu volume que cresce cerca de dez vezes até
encher completamente a caixa;
- otimização da carroceria
com estudo cuidadoso de todos os componentes sujeitos
a rumorosidade, aos quais foi aumentada a rigidez e às relativas fixações que
foram reforçadas,
foi também dada extrema atenção na escolha dos materiais em
contato;
- revestimento insonorizante das chapas com materiais termo-fusíveis aplicados
antes da pintura;
- revestimento fonoisolante
do frontal do painel de fogo, dos estribos dianteiros e
traseiros, dos vãos da roda no porta-malas e das laterais do vão do porta-malas,
com painéis preformados
compostos;
- revestimento fonoabsorvente
do teto de notável espessura que é colado para
conferir uma melhor insonorização;
- utilização nos furos
de passagem dos cabos entre o vão do motor e habitáculo,
tanto na chapa como no material insonorizante de guarnições com duplo
encosto de borracha e de espessura ³ 5 mm, para reduzir a transmissão do barulho
do vão do motor ao
habitáculo;
- controle cuidadoso da sigiladura.
Para manter o alto
nível de conforto acústico atingido, em caso de intervenções de
reparação, é necessário garantir o exato restabelecimento das soluções
adotadas na fase de
construção.
Chapas/Carr. - Reciclabilidade dos Materiais
Atualmente, quando
o veículo chega ao final da vida útil,
é recuperada e reutilizada somente a parte metálica,
para produzir novo aço e novas fusões em alumínio.
Toda a parte restante
do veículo, que corresponde a 25%
aproximadamente em peso , é abandonada ou
eliminada.
Deste modo é desperdiçada
uma enorme quantidade de
materiais e energia além de contribuir para aumentar
as dimensões do problema da eliminação dos
rejeitos sólidos. A
solução do problema da reciclagem das matérias plásticas
nasce no projeto. Nesta fase, deve-se avaliar a
possibilidade de reutilização do material em componentes
futuros. Este
modelo foi projetado de modo que todos os componentes
de plástico e elásticos (pneus) de peso superior
a 50 gramas sejam marcados com símbolos codificados
de modo que seja permitido o reconhecimento
do material na fase de reciclagem e
que a totalidade dos componentes seja reciclável.
A reciclagem não permite
obter um componente igual ao
inicial, uma vez que o material pode não garantir as
necessárias características de confiabilidade ou não
ser conveniente.
Da espuma dos bancos
são obtidos materiais isolantes para
a construção civil.
Para os outros materiais
plásticos, a reciclagem é feita em cascata : por exemplo, dos
pára-choques é obtido o material para os revestimentos dos vãos das rodas
que se tornam na passagem
seguinte a elementos para a realização de revestimentos
insonorizantes e acabam como combustível para a produção de energia.
A reciclagem envolve
deste modo três gerações sucessivas de veículos, contribuindo
para a economia de matéria prima.
Nas tabelas presentes
no capítulo Descrições e Especificações do produto, estão apresentados
os símbolos e a relativa denominação dos materiais recicláveis presentes
no veículo. Isto porque na assistência são escolhidos e utilizados, para
lavagem de interiores,
pinturas de materiais plásticos, reparações, colagens, etc., os
produtos adequados dentre aqueles à disposição no mercado.
A finalidade é evitar
possíveis danos com produtos não compatíveis entre si.
Além disto, a marcação
permite poder fazer uma seleção dos materiais orgânicos com
base em sua composição química.
Também nesta fase
de assistência, é recomendável separar materiais com base em
sua composição de modo a poder enviá-los mais facilmente para a reciclagem.
Chapas/Carr. - Diag. da Colisão - Generalidades
Este capítulo evidencia
o modo de operar mais racional e correto a fim de permitir ao
Funileiro obter os melhores resultados.
Antes de iniciar a
reparção de um veículo, mesmo que pouco danificado, é necessário
efetuar uma série de controles.
A fase preliminar
de análise do tipo de colisão que causou o dano é a primeira em
ordem cronológica, das operações que conduzem à reparação do veículo.
O exame das partes
da estrutura da carroceria que foram danificadas, a sua reparabilidade
ou a necessidade de fazer a sua substituição, torna possível fazer uma
previsão orientativa como também decidir a sequência operativa a ser feita
de modo a otimizar
os tempos de trabalho.
Um controle preliminar
exige que seja feita uma série de controles dimensionais não
com a finalidade de verificar cotas específicas, mas indicativa das deformações
sofridas pela carroceria.
Com esse objetivo
são utilizados calibres de comparação com cursor para o controle
das diagonais dos vãos do motor e porta-malas, das sedes do pára-brisa
e vidro traseiro,
dos vãos das portas.
Calibres com Cursor
Os
calibres com cursor são constituídos de uma barra graduada ao longo da
qual corre um cursor
com uma ponta de medida.
Em uma extremidade
da barra, a fim de permitir o seu correto apoio é possível montar
tanto uma ponta como um disco de chapa (este para apoiar-se nos raios de
concordância dos vãos do veículo).
Carr. - Diag. da Colisão - Verif. Restab. das Cotas
A verificação das
cotas de alinhamento da carroceria é a primeira operação em ordem
de tempo da seqüência de intervenção reparativa.
As deformações sofridas
pela carroceria em consequencia de uma colisão mais ou menos
forte, determina quase sempre alterações da forma e da estrutura das diversas
partes que compõem a carroceria.
Estas alterações,
se não corrigidas, podem comprometer seriamente os dotes de segurança
do veículo, alterando de maneira imprevisível a dirigibilidade na estrada
e a manobrabilidade.
A verificação das
cotas pode requerer ou não a desmontagem dos grupos mecânicos
do veículo, conforme o tipo de gabarito utilizado e as características da
bancada de traçagem.
O controle efetuado
diretamente nos pontos de fixação dos grupos mecânicos (que
exigem a desmontagem) assegura maior precisão.
No entanto, é possível
efetuar um controle preliminar mediante um gabarito (haste de
controle) nos pontos ilustrados na figura seguinte, com os grupos montados, mas
caso se encontre desalinhamentos
é necessário fazer um controle mais aprofundado
desmontando os grupos mecânicos, operação inevitável visto que será
necessário fazer o esticamento da carroceria.
Iniciar o controle
em uma parte do veículo não envolvida pela colisão. Por exemplo,
no caso de veículo colidido na parte dianteira, para verificar se a estrutura
sofreu deformações, deve-se fazer uma verificação nos pontos C-E = B-F;
se nestes pontos não
forem verificadas diferenças de comprimento, passa-se ao controle
dos pontos B-D = A-E. É
possível deste modo estabelecer preventivamente um diagnóstico mais exato
para a reparação.
A operação de comparação é completada pela sucessiva operação
de restabelecimento das cotas mediante ferramentas hidráulicas que deve
prever SEMPRE as operações propriamente ditas de reparação e/ou substituição
das chapas danificadas.
Carrocerias - Diagnósticos da Colisão - Cotas Carac.
NOTA: Não
se deve desprezar o controle dos elementos de mecânica, que também podem
ter sofrido deformações
Cotas Características da Carroceria
Toda carroceria possui
uma série de cotas características que determinam de maneira
exata a posição no espaço, em relação a um sistema de referência convencional,
mediante coordenadas x, y, z, de pontos particulares de fixação dos órgãos
mecânicos e das suspensões (ver as figuras seguintes).
A operação de comparação
das cotas características da carroceria é feita utilizando ferramentas
particulares, chamadas bancadas de traçagem, nas quais a carroceria é
fixada mediante adequados elementos de fixação, e controlada mediante
gabaritos (graminho)
A bancada de traçagem
é constituída de uma sólida estrutura retangular com perfil de
aço. Esta estrutura pode ser instalada em diferentes meios de trabalho:
elevadores de quatro
colunas ou com pistão central, bancadas fixas ao piso ou sobre
rodas.
A s cotas a verificar,
normalmente não são as mesmas cotas fornecidas pelo Fabricante
do veículo, mas a sua tradução, efetuada pelo fabricante do gabarito e
da bancada de traçagem,
em relação ao sistema de referência adotado. Cada
fabricante de bancadas publica e fornece conforme o gabarito, uma série de
cotas de comparação,
que devem ser utilizadas para as operações de verificação
específicas para cada tipo de veículo.
Legenda dos pontos de referência para o controle do fundo da carroceria:
A : Furo de referência para aparafusamento automático
B : Fixações do motor
C : Fixação da travessa do painel e coluna da direção
D : Fixação do câmbio
E : Furo primário
F : Fixação do coxim de colocação do amortecedor
G : Fixação inferior da travessa do radiador
H : Furos de referência para a montagem da suspensão
I : Fixação dianteira da travessa da suspensão
L : Fixações traseiras da travessa do motor
M : Fixação do braço oscilante da suspensão
N : Fixação do reservatório
O : Fixação da travessa da suspensão traseira
P : Furos de centragem da suspensão em pallet
Carrocerias - Regulagem das Partes Móveis - Cotas
Com o objetivo de
facilitar e verificar as operações de desmontagem das partes móveis,
apresentamos o valor das aberturas existentes para uma adequada regulagem
(as medidas são expressas em milímetros), cuja modalidade está ilustrada
na seção que contém os procedimentos de retirada e recolocação das partes
móveis.
